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Eu sou incompleta



O Halloween, com sua estética de imperfeição e grotesco, nos convida a confrontar nossa incompletude. As fantasias de monstros, bruxas e criaturas sobrenaturais não são apenas manifestações de medo, mas uma celebração do que muitas vezes tentamos esconder: nossa vulnerabilidade, nossas falhas e a feiura que existe em cada um de nós. Ao usarmos essas máscaras, não estamos apenas nos fantasiando, mas abraçando a totalidade do que somos — seres imperfeitos em busca de redenção. 


Nesse sentido, o Halloween se torna uma metáfora. Ele nos lembra que é na aceitação da nossa imperfeição que podemos nos aproximar da verdadeira essência do ser. Ao assumir nossas falhas e reconhecer que somos incompletos, damos o primeiro passo em direção à nossa busca por Deus. A imperfeição, ao contrário de ser um fardo, se transforma em um convite à introspecção e à transformação.

A filosofia nos ensina que a busca pelo ideal muitas vezes nos distancia do que realmente somos. No entanto, ao reconhecermos que somos seres em constante evolução, podemos encontrar beleza na jornada. Essa jornada nos leva a um encontro com o divino, onde a incompletude não é vista como um fracasso, mas como parte do plano maior que nos une a Deus. 


Assim, ao aceitarmos nossas imperfeições, nos permitimos ser mais autênticos e humanos. E, ao olharmos para o futuro com a esperança de que um dia estaremos completos em Deus, encontramos conforto na ideia de que nossa jornada é, na verdade, uma preparação para a plenitude que nos espera.

Essa intersecção entre aceitação, imperfeição e busca espiritual nos ensina que, mesmo na escuridão e na confusão, há luz. E que essa luz brilha mais intensamente quando reconhecemos a beleza de sermos quem realmente somos — criaturas imperfeitas em busca de um amor e de uma completude que só podem ser encontrados em Deus.

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